quarta-feira, 15 de agosto de 2012

SOBRE COMO A PERCEPÇÃO DO TEMPO INFLUENCIA O SABER



Quando alguém pensa e desenvolve raciocínio de aprender, só aprende quando consegue encaixar no tempo. Compreender algo é fazê-lo dentro da compreensão do tempo, que em algum lugar começou, mas cujo fim não há como saber. Apesar disso, alguns dizem que acaba, e junto com o corpo. Eu não sei, fico confuso e pensando em círculos.
Parece um vício, mas o pressuposto para muitos é que houve algo antes e haverá algo depois, por isso que eu acho existem os professores. Como vieram antes podem ousar ensinar aos que vem depois. Mas me confundo, alguém não disse que as crianças e sua pureza são o nosso fim? Então porque os professores ensinam e não as crianças?




Acostumados a aprender com o tempo e o pressuposto de um início, marca contumaz de quem acredita que a realidade única é material, esquecemos como aprender! Aprender não é saber e aprender com o tempo é achar que algo pode ser sabido, conquistado, dominado e construído. Aprender no tempo permite a ilusão de que o conhecimento pode ser construído e nesse engano, achar que o antigo é ultrapassado, velho, superado e que não vale mais, ficou sem valor. Eu tenho dúvida, mas acho que vale sim. Erro da modernidade é pensar a ciência como uma construção racional material e equacionada de um universo do qual parcamente e porcamente se sabe algo; ou me equivoco?
Saber no tempo é saber sobre um ponto, um pequeno ponto que fixo quer deixar sua marca em outro tecido, esse sim da “sabença” e da sabedoria. Tecido pleno, que funciona dentro de outro pressuposto que não o temporal, mas o atemporal, ou do não tempo. Ou como diria Guimarães em Grande Sertão: Veredas:

Pois, não existe! E se não existe, como é que se pode se contratar pacto com ele? E a idéia me retoma. Dum mau imaginado, o senhor me dê o lícito: que, ou então - será que pode também ser que tudo é mais passa - do revolvido remoto, no profundo, mais crônico: que, quando um tem noção de resolver a vender a alma sua, que é porque ela já estava dada vendida, sem se saber e a pessoa sujeita está só é certificando o regular dalgum velho trato - que já se vendeu aos poucos, faz tempo? Deus não queira; Deus que roda tudo! Diga o senhor, sobre mim diga.”

Pensar no não tempo ou no atemporal ou na perspectiva do eterno, é pensar sem saber, é pensar onde habita o ser. Esse pensar resolve o dilema do ovo e da galinha e sobre quem veio antes. Pensar na perspectiva da eternidade é algo difícil para quem observa o nascer e o morrer e aprende que a cada dia, que a vida passa...
Mudar o pressuposto ou quem sabe elevar o pensamento ao ponto de conceber estas duas possibilidades simultaneamente ocorrendo, eleva o homem e o humano a um novo patamar de observação. O patamar da possibilidade de entrar em comunhão com tudo aquilo que não está manifesto na realidade da matéria. Tudo que aí habita está além do acessível ao nosso atual estado de consciência. No vídeo abaixo, Dean Radin oferece uma explicação sobre a relação do tempo com a consciência; o tempo realmente existe ou é uma ilusão?


Para os interessados, vale acessar a sequência de vídeos sobre a questão, no site: http://www.youtube.com/user/scienceandnonduality
Nesse plano pleno o eterno que tudo "observa" e "permite", o temporal, como pipoca, explode a partir do milho e floresce para encontrar-se consigo mesmo.
Não é simples admitir o temporal e o eterno como realidades coexistentes e intrincadas, pois é preciso se aventurar a deixar de pensar em como as coisas podem ser ou não ser e permitir que ser ou não ser possam estar ocorrendo simultaneamente! Mas quem sabe? Eu não sei, eu acho...
No eterno é possível encontrar tudo o que não está materializado, manifesto, enfim tudo o que não se sabe. De certa forma pensar na perspectiva da eternidade é uma forma de saber. Não é um saber sabido não, mas um saber sabendo! É um lugar que até o particípio e o gerúndio se encontram, mas não brigam. É um lugar em que o saber liberta, não mais aprisiona em conceitos unilaterais e cumulativos.
Eterno e temporal, irmãos que se encontram no caminho estreito onde o saber e a Sabença se encontram para o banquete da vida que é luz, mas é amor também.

14 comentários:

  1. Oi Ri !

    Quero o eterno agora , mas posso esperar um pouquinho.
    Quero o amor , o carinho , a luz , com muito brilho !
    Que na vida real seja um sonho.
    Que ensine e compartilhe!
    E que nao duvide

    Beijinhos !

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  2. Oi meu querido anjo da guarda muito interessante esse artigo.
    Não esqueci do sr estou super conectada no seu blog a minha vida começou andar de uma forma que parece que esqueci dos amigos, mais não acho que descobri o verdadeiro caminho da felicidade.
    Estou com uma mega saudade do sr.
    Bjs.

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  3. "A eternidade não é um lugar nem um tempo. Porque o lugar e o tempo pouco significam. É saber que a nossa verdadeira natureza vive simultaneamente em algum lugar do espaço e do tempo."[Richard Bach]
    Obrigada pela reflexão.
    Bom fim de semana
    Beijos
    Cris Lopes

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  4. Oi, Ri

    Muito belo, este trecho, como sempre.

    Para mim eternidade é a construção do presente num ato continuo e deliberado de querer viver intensamente a mesma. É explodir em gozo das nossas entranhas o sentido da vida. É viver entre sonhos sem querer acordar...

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  5. Oi Ricardo!

    É difícil comentar esse texto seu, pois tem muitas nuances. Mas, vou me arriscar, comentando alguns trechos dele... Você sabe que eu gosto de um bom diálogo, de troca de ideias, que pode ser muito produtiva quando os interlocutores têm visões diferentes sobre o assunto em pauta e, mesmo assim, são capazes de dialogar livre e respeitosamente a respeito.

    Começo por frases suas do texto: "Quando alguém pensa e desenvolve raciocínio de aprender, só aprende quando consegue encaixar no tempo. Compreender algo é fazê-lo dentro da compreensão do tempo, que em algum lugar começou, mas cujo fim não há como saber." Mais adiante, você escreve:

    "Aprender não é saber e aprender com o tempo é achar que algo pode ser sabido, conquistado, dominado e construído. Aprender no tempo permite a ilusão de que o conhecimento pode ser construído e nesse engano, achar que o antigo é ultrapassado, velho, superado e que não vale mais, ficou sem valor. (...). Erro da modernidade é pensar a ciência como uma construção racional material e equacionada de um universo do qual parcamente e porcamente se sabe algo; ou me equivoco?"


    Parece-me que você primeiro afirma que a aprendizagem ocorre no tempo e, depois, nega isso. Entendi mal? Ou você quer dizer que, embora haja aprendizagem no tempo (talvez esteja se referindo especificamente ao conhecimento das relações de causa-e-efeito que necessariamente ocorrem no tempo - o que vem antes, o que ocorre durante e o depois?), há outras aprendizagens, aquisição de conhecimentos que independem do tempo (talvez insights, intuições, comunicações mediúnicas?).

    Você também parece questionar que o conhecimento possa ser construído, escrevendo que isso é uma ilusão. Ora, o conhecimento que adquirimos é estático? Ou vai se modificando (não necessariamente sempre para melhor, diria...) à medida que temos novas experiências de vida, novas reflexões? E não poderíamos chamar isso de construção do conhecimento? Como uma construção material, de uma casa ou edifício qualquer, uma reforma ou um acréscimo nem sempre vem para melhorar, por vezes piora estética e até funcionalmente a edificação como um todo. No entanto, continua sendo uma construção. Em outras palavras, acreditar que o nosso conhecimento evolui, é uma contínua construção, não implica necessariamente que o novo seja melhor do que o antigo, nem vice-versa!...

    Mesmo que esteja se referindo a súbitas intuições, insights, eles ocorrem como uma iluminação interior, na qual tomamos instantaneamente consciência de coisas que não sabíamos (ao menos conscientemente), numa súbita compreensão maior de nós mesmos, de situações, de outras pessoas, do Universo. Tais experiências, quando muito intensas, constituem o que Maslow chamou de experiências de cume (peak experiences) e Jung de experiências numinosas, as quais talvez podem ter a ver com o que, no LE, é chamado de "êxtase" (cap. VIII - item VI - respostas às questões 439 a 446). Tais experiências, embora nos levem a um estado de consciência no qual nossa compreensão do Universo se dilata, ainda necessitam ser "aterradas" depois, isso é, serem traduzidas em termos temporais para que as possamos comunicar a outros e a nós mesmos, traduzindo-as em diretrizes para nossa vida. O mesmo vale para conhecimentos adquiridos mediunicamente. Neste sentido, mesmo este conhecimento obtido de maneira que poderíamos chamar de transcendente, necessita ser construído, ou melhor, reconstruído no tempo.

    Por enquanto é isso, o que não esgota seu artigo, que tem muito mais coisas.

    Abração,

    Leonel

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    1. Oi Leonel!

      Gostei de saber que você tem um blog:

      http://dialogandoeaprendendo.blogspot.com.br/

      Agradeço a bondosa reflexão!

      Como você bem aponta, eu afirmo que a aprendizagem ocorre no tempo. Depois, ao contrário de negar, busco reafirmar isso de forma mais deliberada e explícita, quando dissocio aprender de saber (lembra-se da idéia de reminiscência e de “aletheia”, sobre as quais podemos achar algo a respeito nos diálogos de Sócrates em Platão? – veja em Fédon e também um pouco em Mênon). Faço a dissociação ou soluciono assim, pois penso que saber é um composto de aprender e desprender, como se fosse uma forma de respiração, por exemplo, em que o ar é compreendido pelos pulmões e depois desprendido.

      - Você viu no texto a idéia da vida como um mergulho momentâneo, como um mergulho na água, ou como o do milho da pipoca do amarelo ao branco da noiva, ou como o da semente à planta? – Como se fosse um mergulho do atemporal no tempo? – Do todo na parte? Sócrates no diálogo com Mênon, sugere: “... não há ensinamento, mas tão só reminiscência”; penso um pouco assim, sempre lembrando que estou atento à diferença entre a opinião (doxa) e o conhecimento (episteme).

      Dedico à dimensão temporal o aprender, pois me entendo implicitamente imerso nela e momentaneamente preso a ela. Este aprisionamento momentâneo nos condiciona às leis naturais locais (que regem a presente dimensão, nosso objeto de estudo), e nossos sentidos e consciência respondem de uma forma padrão a esta realidade fenomênica, na dependência de como eles a percebem. Até aqui tudo bem, é um aprender, um aprender no tempo, um aprender onde muitos tentam explicar como as coisas são em seu sentido mais profundo ou último, e isso tem sua importância, uma importância relativa, mas ainda assim importante.

      Entretanto, vejo prepotência ou um potencial de engano, quando deixamos de fazer o exercício da inversão; qual seja, deixar de olhar apenas “daqui para lá” e permitir um olhar “de lá para cá”. Este exercício de inversão, pede um abandono conceitual que para o cientista cristalizado pode beirar o absurdo, pois como seria possível construir um modelo de realidade se abandonarmos os próprios pré-supostos de como a ciência pensa? Sugiro a obra do filósofo Rudolf Steiner a este respeito, chamada: "The Fourth Dimension - Sacred Geometry, Alchemy, and Mathematics", onde ele nos auxilia a pensar a respeito do que seria este olhar que eu chamei "de lá para cá". Acredito que se não fizermos algum exercício nesse sentido, continuaremos a construir (aprender) modelos condenados a caducarem de tempos em tempos (gosto da forma como Thomas Khun trata esse assunto no livro: A estrutura das revoluções científicas). Evoco, nesse sentido, a sabedoria salomônica, especialmente no que se refere aos três primeiros capítulos do livro Eclesiastes, onde é explorada a tensão existente entre sabedoria e a vaidade. No texto achamos a afirmação de que não há nada de novo sob o sol e que o homem age por vaidade e faz da vaidade sua luz...

      Continua...

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    2. Continuando...

      Penso que os insights e comunicações mediúnicas (outros aprenderes), aos quais você se refere, ainda se acham imersos e intrinsecamente ligados ao nosso plano de aprendizado temporal, ou ainda, que nos proporcionam um pequeno vislumbre de um primeiro tecido de realidade que nos envolve e permeia – entretanto, por estar muito próximo ao nosso, precisa neste contato, passar como que por um “funil” para convergir e permitir o encontro destas duas instâncias. Esta convergência, entendo, se deve ao ponto onde as leis dos dois tecidos se equivalem, e só nessa equivalência pode haver algo como uma ressonância de compreensão ou ser criado um espaço para que a informação possa ser trocada ou codificada de um plano para outro, digamos assim... Aproveitando o brilho de Maslow e Jung, além do estado de êxtase que vai desde os profetas do antigo testamento até o atualíssimo livro dos espíritos de Allan Kardec, citados por você, creio que valha lembrar que nomear algo (orto doxa) é diferente de saber o que é (episteme) este algo; o próprio nome pode ser um véu que obscurece nossa compreensão (vide matéria escura e energia escura – variações para o Éter dos antigos?). Penso diferente, entretanto, em relação a esta palavra que você usou: intuição (acho que aqui, o Aprender já ganha a maiúscula no início); acho que tem algo a mais nela, é só um acho, e portanto não creio que devamos nos exaltar a respeito... Quem sabe possamos discutir isso oportunamente?

      Sobre o conhecimento e sua construção, acho que a compreensão aristotélica (ser humano - tábula rasa) tem sua utilidade enquanto recurso para classificar e criar um arcabouço sobre o qual podemos estabelecer uma linguagem; mas não acho que o recurso em si seja capaz de explicar ou promover conhecimento, senão servir como ferramenta ou técnica para adentrar ao mundo das ideias, sugerido por Platão, onde tudo já existe em potência pré-manifestação. Aquele quadro da Academia de Rafael, em que Platão e Aristóteles conversam e caminham, me diz muito.

      No livro “A arte de aprender”, Krishnamurti, em sua 7ª carta de 1/12/1978 – pág: 41, nos ajuda falando assim: “Todo movimento da vida é aprender. Nunca há um tempo no qual não exista o aprender. A acumulação de conhecimento, que é chamada aprender e com a qual estamos tão acostumados, é necessária até um certo ponto, mas essa limitação nos impede de compreendermos a nós mesmos... O conhecimento é memória... O real é o que está de fato acontecendo...”

      Continua...

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    3. Quando você admite em sua fala que o novo possa não ser necessariamente melhor que o antigo, concordo, vejo nessas palavras o reflexo da idéia que apresento, de que existe um aspecto ilusório na construção do arcabouço do conhecimento, e que estamos falando da mesma coisa (evolução é aprender e desprender – é ver o universo em um grão de areia – é construir, mas saber que tudo já está, de certa forma, construído); creio serem precisos um pouco mais de reverência e amor, ingredientes escassos nas áridas cozinhas da ciência, que por outro lado abundam em tecnologias cada vez maiores e certezas cada vez menores. A luz tem natureza dupla (onda e partícula), porque o conhecimento não pode ser algo assim também? E se o for, quem garante que a parte cifrada porta o todo e não apenas parte ou a sombra do todo? Daí o risco de construir, criar estrutura, prender... Quando prendemos, ficamos presos também! Tudo aquilo que pegamos, de certa forma, nos está pegando também. Quem sabe ao invés de falarmos em construir conhecimento possamos falar em brincar com o conhecimento; brincar, pois a meu ver ele já está construído de maneira independente da prepotência da racionalidade humana, que sendo parte se esquece e esquecendo se perde e se perdendo se prende... – e daí o texto, nada mais que uma brincadeira, brincadeira de pensar... Mas brincar com amor e não com brigar, com poesia, senão vira torre de Babel, tem que ser leve, como a vida que passa e nem percebemos e quando percebemos, já passou, passarinho...

      Caso contrário, como na construção daquela torre, podemos até ter a impressão de estar construindo um caminho para o inefável, um conhecimento, quando na verdade estaremos perdendo a unidade do Ser, onde todos se compreendem, pois falam a mesma língua, pela multiplicidade das idéias e do ter, onde cada um acha que sabe mais ou menos e que pode ter ou possuir a fórmula de uma verdade maior que possa ser propagada ou imposta. Por este motivo o texto termina com o encontro do saber com a Sabença, no banquete da vida (Ágape), que é luz (natureza dupla dentro da qual estamos imersos e buscamos nosso caminho e tecemos nossos saberes e compreensões), mas é amor (o indefinível ingrediente transcendente que tempera o brincar e a vida de quem brinca).

      Por enquanto é isso, o que não esgota seu questionamento, que estimula o pensar!

      Abração!

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    4. Olá Ricardo!

      Uma contribuição ao nosso diálogo s/ temporalidade, no artigo abaixo (origem: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=causalidade-quantica-questiona-lei-causa-efeito&id=010130121020), cujas as fontes estão no final. Nada de essencialmente novo p/ quem acompanha as especulações s/ o tempo de físicos e de filósofos (desde Aristóteles, passando por vários outros, como Agostinho, Kant, para ficar só nos clássicos).

      Considero as matérias deste site de divulgação científica de boa qualidade, com boas referências. Mas, não sou da área. Vc pode dar uma opinião mais abalizada a respeito.

      Abs,

      Leonel

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    5. Caro Leonel!

      Precioso o material! Aprecio, de maneira especial a abordagem do autor, que na suposição do tempo como algo fundamental, questiona se as próprias leis da natureza não seriam estruturas em evolução e não apenas pilares estáticos esperando suas descobertas, conforme a citação abaixo retirada do artigo:

      "Se ele puder lidar com as leis da física com a ajuda de um relógio cósmico fundamental, Smolin pode examinar a possibilidade de que essas leis possam ter sido diferentes no passado. A ideia de que as leis da física podem evoluir com o tempo só faz sentido num quadro em que o tempo é fundamental, afirma ele."

      Faz sentido, mas, apesar de compreender e aceitar a leitura do Smolin, insisto que compreender o tempo como uma fundamental não fecha ou exclui a possibilidade de tecidos extratemporais com "densidade de eternidade". Lembro que Sheldrake (vide livro: A presença do passado) já fala há algum tempo sobre a questão das leis da natureza estarem em evolução...

      Abs

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  6. Olá, Ricardo!
    E' muito bom ler seus textos. São estimulantes e relaxantes, simultaneamente.
    E, pela associação livre, graças a memória, lembro-me do que senti e intui, parcialmente, há vinte e cinco anos.
    Assin sendo, comento suas palavras com um Haikai que escrevi quando da germinação em mim, da convivência
    com o mistério, cuja aceitação, ameniza a prepotência do conhecimento parcial e provisório.

    Contra capa do livrinho Tempo de Ser:

    MENINA, SENHORA
    SEMPRE TEMPO DE SER
    TUDO E' ETERNO
    E SÓ AGORA
    Dulce Moron -( Tempo de Ser-1987 )

    Receba este breve comentário com o meu grande abraço!
    LUZ E AMOR a todos nós !
    Dulce Moron

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    1. Bonito Dulce! Retribuo sua bondade com brincadeira...

      A poesia,
      essa menina,
      mostra tudo o que a prosa,
      essa teimosa,
      esconde...
      Não sei onde...
      Doncovim?
      Quemcossô?
      Proncovô?
      Não tá mais aqui,
      quem preguntô...

      Um grande abraço, cheio de luz e amor!

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